Copo Esuriens Orbis

Esuriens Orbis
"O Faminto do Mundo"
Dizem os antigos que, quando o mundo foi moldado em barro e sangue, algo despertou nas sombras do primeiro silêncio. Não era deus, nem besta. Era fome. Uma fome primordial, sem nome, sem forma, apenas sede de tudo o que pulsa.
Chamaram-no Esuriens Orbis — a fome do mundo.
Ele não se alimenta de carne, mas de desejo. Bebe os anseios dos vivos, sorve memórias, e se nutre daquilo que os homens tentam esconder: culpa, obsessão, arrependimento. Cada vez que alguém encara essa caneca, uma parte de si é provada.
Alguns juram que ouviram sussurros quando o líquido tocou seus lábios. Outros afirmam que sonharam com um olho faminto, enterrado sob a terra, observando. Esperando.
Ninguém sabe se Esuriens foi aprisionado nesse objeto, ou se apenas escolheu essa forma para se manifestar. Mas uma coisa é certa: quem bebe deste cálice jamais volta o mesmo.
Ele sente. Ele espera. Ele quer mais.*
Beba... se tiver coragem.